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Toxina Botulínica na Odontologia




   A substância ganhou fama nos tratamentos estéticos por retardar o surgimento de marcas de expressão. Mas, quem diria, também minora dores e disfunções mandibulares, sobretudo quando a gengiva aparece mais do que deveria.
  A toxina botulínica é um veneno produzido pela bactéria Clostridium botulinium , que, em pequenas doses, auxilia no combate a diversos problemas. Ele é conhecido no meio médico desde 1960. É uma protease que causa denervação química temporária de músculos esqueléticos por bloqueio da liberação mediada por Ca+² de acetilcolina das terminações nervosas de neurônios motores alfa e gama (junção mioneural), produzindo um enfraquecimento dose-dependente, temporário da atividade muscular tornando os músculos não funcionais sem que haja efeitos sistêmicos. Entretanto acredita-se que o músculo inicia a formação de novos receptores de acetilcolina. À medida que o axônio terminal começa a formar novos contatos sinápticos, há um reestabelecimento da transmissão neuromuscular e retorno gradual à função muscular completa, geralmente com efeitos colaterais mínimos.
    No dentista, a aplicação mais comum é no tratamento de bruxismo. Ao aplicar a toxina no masseter, um dos músculos da face, a tensão diminui. Assim, o tecido não tem força suficiente para promover o atrito entre os dentes, capaz de causar desgaste.
 
 

   A toxina botulínica apresenta um potencial de emprego na área de atuação do cirurgião-dentista, como em casos de bruxismo, hipertrofia do masseter, disfunções têmporo-mandibulares, sialorréia, assimetria de sorriso, exposição gengival acentuada e, mais recentemente tem sido descrita a utilização profilática para a redução da força muscular dos músculos masseter e temporal em alguns casos de implantodontia de carga imediata.

   A aplicação da substância apresenta-se como um procedimento seguro e eficaz podendo, entretanto estar associada a possíveis complicações, incluindo reação alérgica, hipoestesia transitória, dor e edema no local da aplicação, eritema, entorpecimento temporário, náusea, dor de cabeça, extensão do local, levado a paralisia indesejada de músculos adjacentes, xerostomia e alteração de voz.
 
 
Por possuir conhecimento sobre as estruturas de cabeça e pescoço, o cirurgião-dentista pode tratar certas afecções da face e da cavidade oral de forma conservadora e segura com a aplicação da toxina botulínica, desde que possua treinamento específico e conhecimento sobre sua utilização e não extrapole suas funções. Ressalta-se ainda que as toxinas botulínicas são o agente causal da doença botulismo, um tipo de envenenamento potencialmente fatal, devendo sempre ser utilizadas por profissionais capacitados.

 

Caiu, bateu e 'extraiu' o dente?

 Saiba o que fazer até chegar ao dentista



Caso haja fratura ou até extração de todo o dente, o professor ensina que o melhor método de conservação é mantê-lo em um recipiente com leite comum. O alimento é capaz de conservar o dente por até 6 horas. Caso não tenha o produto ao alcance, a segunda melhor opção é deixá-lo dentro da boca, pois a saliva, apesar do risco de contaminação, ajuda a manter a estrutura dentária preservada por até 2 horas.


"Nada de embrulhar o dente ou colocá-lo na água porque,
por incrível que pareça, ela desidrata o dente".


O uso da Hipnose na Odontologia






O psiquiatra americano Milton Erickson (1901-1980) revolucionou a hipnose clássica, sendo considerado hoje o Pai da Hipnose Moderna. Ele foi o primeiro a associar a hipnose à psicanálise.

 

Criou diferentes métodos de indução de transe hipnótico para ajudar o paciente a confiar nas suas potencialidades internas, importantes para o processo da cura. Também desenvolveu a Linguagem Hipnótica, que pode ser utilizada desde o primeiro contato com o paciente, com o objetivo de criar um vínculo de confiança, estabelecendo uma comunicação mais eficiente, importante para o processo de tratamento e da relação profissional-paciente.

A hipnose é um estado especial de consciência, que pode ser experimentado naturalmente por todos nós. Por exemplo: Quando assistimos a um bom filme e nem percebemos que o telefone está tocando. Em situações terapêuticas, esse estado pode ocorrer com ajuda de um profissional habilitado, através de diferentes técnicas de indução.

Muitos odontólogos têm utilizado a hipnose com o objetivo de ajudar os pacientes a se sentirem mais relaxados e seguros.

Alguns profissionais têm feito uso da indução de transes em casos de ânsias de vômito, onicofagia, bruxismo, sucção de polegar, fobias (de agulha, anestesia, barulho de motor), e como coadjuvante ou substituto do anestésico. Com crianças, a hipnose tem auxiliado nos procedimentos de restaurações, extrações aplicações de flúor, tranqüilizando os pequeninos.

Vem se utilizando a prática da hipnose como auxiliar em procedimentos odontológicos, chegando, por algumas vezes, a suprimir o uso do anestésico químico.

Pacientes alérgicos à anestesia química, se beneficiam da hipnose, onde podem ser submetidos a um procedimento cirúrgico sem dor e sem anestésico químico. Isto mostra o quanto os pacientes podem utilizar seus próprios recursos internos em favor de si mesmos.

Para dominar o medo, a ansiedade e o incômodo de um tratamento odontológico, a hipnose vem sendo uma aliada poderosa. Aquele estigma de tortura, por vezes associado ao tratamento odontológico, dá lugar a um momento de conforto e tranqüilidade. Um tratamento de qualidade, tem esse cuidado a mais com o paciente.

Com a utilização da hipnose nos consultórios, os odontólogos iniciam uma nova era dentro da Odontologia, valorizando seus trabalhos e conhecimentos científicos e juntando aos mesmos maior respeito pela pessoa do paciente.
Fonte: Odontologika



Estudo revela a fórmula do sorriso perfeito
Um estudo de uma universidade americana avaliou proporções de tamanho, a cor e o formato dos dentes, lábios e gengivas, além da estrutura da face, para criar a fórmula do sorriso perfeito.
Para atingir a perfeição, por exemplo, o sorriso deve ter pelo menos metade da largura da face; as metades direita e esquerda dos lábios (imaginando-os cortados por uma linha vertical no meio) devem ser simétricas e eles devem ser igualmente carnudos.
Os dentes também devem ser alinhados à linha imaginária vertical que divide o rosto ao meio, e os incisivos superiores devem ser o traço mais dominante do sorriso - os dentes de baixo não podem aparecer muito quando a pessoa sorri.

Intitulado Smile Design, o estudo da Escola de Odontologia da Loma Linda University, na Califórnia, também atribui importância à gengiva que fica à mostra no sorriso – além de aparecer pouco, ela deve ter de um tom de rosa pálido – e a outros detalhes.

Bonito por natureza

Segundo Nicholas Davis, autor do estudo, a definição do que seria o sorriso perfeito se baseia em princípios “estabelecidos por meio de dados coletados de pacientes, modelos de diagnóstico, pesquisa odontológica, medições científicas e conceitos artísticos básicos de beleza” e “levam em conta a harmonia entre a estética facial e a composição dentária”.

No entanto, Davis disse que a maioria dos sorrisos bonitos e naturais não são necessariamente simétricos e uniformes.
“Os sorrisos naturais mantêm uma beleza intrínseca natural não pela perfeição, mas pela beleza sutil da imperfeição”, afirma.

A pesquisa observa ainda a importância do diagnóstico e do planejamento em casos estéticos para atingir o sorriso adequado para cada paciente.

“Esses fatores podem ajudar a encontrar o sorriso que melhor ressalta as feições naturais da paciente e ainda beneficiam a saúde oral”, diz o estudo, publicado na revista científica Dental Clinics of North America.

Fonte: BBC


Brasileiro não sabe escovar os dentes nem usar fio dental corretamente
 Você sabe escovar os dentes? Usa fio dental todos os dias? Faz a limpeza bucal ao menos três vezes por dia? A grande maioria da população pode até dizer que sim, mas de acordo com um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, em 2003, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, universidades, CFO (Conselho Federal de Odontologia) e ABO (Associação Brasileira de Odontologia), a situação é bastante preocupante.
Foram examinadas 108.921 pessoas durante pouco mais de um ano, entre adultos e crianças, das cinco regiões do país. E diante dos resultados, o governo lançou o Programa Brasil Sorridente, que pretende ampliar o atendimento odontológico gratuito em
todo o país.
Quase 27% das crianças entre 18 e 36 meses apresentaram ao menos uma cárie, e nas crianças até cinco anos esse índice sobe para 60%. Entre os adolescentes a situação é ainda pior. Apenas 55% possuem todos os dentes e 2,5 milhões de jovens nunca foram ao dentista.
E ao chegar à idade adulta, o problema se agrava. Mais de 28% não possuem mais seus próprios dentes em uma das arcadas – ou já foram arrancados ou estão com os dias contados. A gengiva é outro fator de preocupação. Menos de 22% da população adulta e menos de 8% dos idosos apresentam gengivas saudáveis.
Todos esses problemas poderiam ser facilmente evitados se, para começar, as pessoas escovassem corretamente os dentes. Além, é claro, de visitar o dentista pelo menos uma vez por ano. Procurar o profissional só quando a dor surge pode ser tarde demais: os dentes podem estar bastante comprometidos.
A cárie é a principal vilã da saúde bucal. Ela é conseqüência dos restos de alimentos depositados nos dentes e da falta da higiene bucal, que acabam formando a placa bacteriana. O ácido resultante dessa combinação é que forma a cárie. Portanto, quando os dentistas recomendam escovar os dentes depois de cada refeição e sempre que comer doce, não é exagero profissional.
A cárie aparece inicialmente na forma de uma mancha branca no esmalte do dente. Se não for tratada, ela perfura o dente, atinge a dentina e passa a provocar dor. O próximo passo é atingir o nervo e, aí sim, a situação é grave, pois isso pode ocasionar a destruição do dente. E adeus sorriso bonito.
A placa bacteriana também pode provocar doenças na gengiva, entre elas a gengivite, caracterizada por inflamação e sangramento espontâneo. Em seu estágio inicial, a placa é mole, facilmente retirada com o uso do fio dental. Depois de endurecer, só o dentista pode removê-la.
Para Norberto Lubiana, presidente da ABO (Associação Brasileira de Odontologia), “é preciso orientação permanente para que as pessoas percebam a necessidade e a importância de manter a saúde da boca em boas condições”.
Norberto Lubiana, presidente da ABO, diz ainda que uma simples cárie pode se transformar em um grave problema de saúde, afetando até mesmo outras partes do corpo.
- As bactérias encontradas nas placas formadas nos dentes causam sangramento. O sangue que passa pela boca é o mesmo que circula em todo o corpo, por isso não é raro que essas bactérias se alojem no coração, nas articulações e possam, até mesmo, causar uma septicemia [infecção generalizada].
Além disso, a perda dos dentes pode modificar toda a estrutura facial, provocando a perda do equilíbrio muscular e causando uma série de incômodos. Entre eles, dores de ouvido, de cabeça, bruxismo (ranger os dentes), estresse e até problemas na coluna.
Para os dentistas, a prática da escovação e da limpeza dos dentes e da boca deve começar ainda na infância. As mães devem higienizar a boca do bebê mesmo que ele ainda não tenha dente. Mas para Amália Rodrigues Martins, membro da Academia Brasileira de Odontologia, os cuidados com a saúde da boca devem começar antes, ainda na barriga.
- As mães devem tratar possíveis cáries ainda durante a gestação. Pois logo que nascem, até os dois anos, a criança tem mais chance de entrar em contato com as bactérias que causam cárie. Elas ficam de prontidão e quando os primeiros dentes começam a nascer, atacam.
Por isso, provar ou assoprar a sopinha do bebê, dar beijos próximos da boquinha dele e compartilhar os mesmos talheres são proibidos em qualquer circunstância. Outra prática muito comum entre as mães, e abominada pelos dentistas, é a alimentação noturna a partir de um ano.
- Durante a noite a nossa salivação diminui muito, e isso propicia uma maior proliferação das bactérias. Mamadeiras durante a madrugada estão fora de cogitação.
A limpeza deve ser tão minuciosa quanto a dos adultos, mesmo quando o bebê ainda não tem dente. Nesse caso, a mãe deve passar uma gaze embebida em água filtrada depois de cada mamada.
Assim que nascerem os primeiros dentinhos, deve ser usada uma escova específica para a idade e um creme dental sem flúor – como a criança é pequena, ela acaba engolindo a pasta de dente, e o flúor em excesso pode manchar os dentes. Após os seis anos, a criança já pode usar o flúor, mas sob a supervisão de um adulto. Amália diz também que o fio dental deve ser usado desde o nascimento dos primeiros dentes.
- E os pais devem sempre escovar os dentes na frente dos filhos, para mostrar que isso é um hábito gostoso e saudável. É preciso dar o exemplo.
A recomendação dos dentistas é para que as pessoas troquem suas escovas de dente a cada três meses em média – ou menos em caso de ficar doente. Mas não é o que acontece, mesmo entre a população que costuma cuidar bem de seus dentes.
De acordo com dados de 2008 da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o Brasil é segundo maior mercado de produtos de higiene oral do mundo, com uma participação de 9,2%. Perde apenas para os Estados Unidos, que correspondem a 16,2%.
Por outro lado, no mesmo ano, foram comercializadas no país cerca de 300 milhões de escovas de dente, o equivalente a 1,6 escova per capita, ou seja, durante um ano quase não houve troca de escovas.

Fonte: R7


Em nove dicas saiba como reduzir a dor causada pela sensibilidade nos dentes

A incapacidade de saborear um simples café passado na hora ou provar um sorvete é realidade de quem sofre com os dentes sensíveis. Muitas vezes, quem tem o problema acaba convivendo com a dor e suas limitações por não saber que o problema é tratável. Segundo o diretor da Smiling Dental Care, o cirurgião dentista Marcelo Rezende, as reclamações dos pacientes, geralmente, são muito parecidas.

— Eles descrevem a dor como se fosse um choque. Alguns são sensíveis ao calor e ao frio. Os mais sensíveis sentem incômodo até mesmo quando escovam os dentes ou usam o fio dental — explica Rezende.

Para o especialista, dentes quebrados ou trincados podem desencadear esse aumento de sensibilidade.

— A principal causa está relacionada ao desgaste do esmalte dos dentes. Ao perder essa proteção, o calor, o frio e a acidez dos alimentos acabam entrando em contato com as células nervosas dos dentes e provocando dor — ressalta.

O tratamento geralmente tem início com a indicação de bochechos diários com flúor. Mas o especialista revela que esse tipo de abordagem pode demorar até apresentar resultados favoráveis.

— O ideal é que, além de fazer uso de flúor para dessensibilizar os dentes, a pessoa se submeta a outros tratamentos, como aplicações de flúor em gel a cada seis meses para fortalecer o esmalte ou, ainda, nos casos mais severos, o uso de um selante especial para 'blindar' a raiz do dente - afirma.

Rezende aponta nove dicas para quem tem dentes sensíveis:

:: utilize escovas com cerdas macias e pontas arredondadas;

:: a escovação deve seguir sempre um movimento circular e suave. Nunca horizontal e com muita pressão;

:: evite cremes dentais clareadores e, se possível, prefira os desenvolvidos especificamente para controlar a sensibilidade dos dentes;

:: fuja das soluções caseiras à base de bicarbonato de sódio;

:: evite tratamentos clareadores sem indicação médica;

:: consulte seu dentista sobre os benefícios da aplicação de flúor em gel, principalmente nas fases de dor aguda;

:: evite sucos de frutas ácidas, como laranja, limão e abacaxi. A acidez pode agravar o problema da sensibilidade;

:: passe a temperar a salada com azeite e sal, deixando o vinagre de lado por conta do seu alto teor de acidez;

:: nunca deixe de escovar bem os dentes, pelo menos duas vezes ao dia, e visite seu dentista regularmente.

Fonte: Click RBS

 



Nanotecnologia pode acabar com tratamentos de canal

Cientistas anunciaram um avanço significativo rumo a uma verdadeira
revolução nos tratamentos dentários.



 
 Endodontia regenerativa pode acabar com os tratamentos de canal tradicionais, usando uma película feita com nanotecnologia para induzir a recuperação da polpa dentária.
[Imagem: Fioretti et al./ACS Nano]

Eles estão desenvolvendo técnicas para que o tratamento de canal traga os dentes de volta à vida, ao invés de deixar um dente morto, ou "não-vital", na boca dos pacientes.
Nadia Benkirane-Jessel e seus colegas do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França criaram o primeiro filme dental que se aproxima desse objetivo - filme é uma película extremamente fina, contendo poucos átomos de espessura.

Endodontia regenerativa

Os atuais procedimentos de tratamento de canal ajudam a evitar a perda de dentes em milhões de pessoas todos os anos.
Durante o procedimento, o dentista remove a polpa inflamada e dolorida, o tecido mole dentro do dente doente que contém os nervos e os vasos sanguíneos.
Já a chamada endodontia regenerativa busca o desenvolvimento e a implantação de tecidos que substituam a polpa dentária danificada ou doente, com potencial para oferecer uma alternativa revolucionária à simples remoção da polpa.
Os cientistas estão relatando o desenvolvimento de um filme multicamada feito em escala nanométrica - apenas 1/50.000 da espessura de um fio de cabelo humano - contendo uma substância que é capaz de ajudar a regenerar a polpa dentária.


Estimulante hormonal alfa-melanócito

Estudos anteriores mostraram que a substância, chamada estimulante hormonal alfa-melanócito, ou alfa-MSH, possui propriedades anti-inflamatórias.
Os cientistas demonstraram em testes de laboratório que o alfa-MSH, combinado com um polímero, produz um material que combate a inflamação nos fibroblastos da polpa dental. Os fibroblastos são o principal tipo de célula encontrada na polpa dental.
Os nanofilmes contendo alfa-MSH também levaram ao aumento do número dessas células. Isso poderá ajudar a revitalizar os dentes danificados e reduzir a necessidade de um tratamento de canal tradicional invasivo, sugerem os cientistas.




USP vai produzir células-tronco a partir de dentes de leite


Os cientistas acreditam que as células-tronco de dentes de leite poderiam ser usadas para o desenvolvimento de novos dentes e até de outros tecidos, como ossos, músculos e nervos.
[Imagem: Giovanni Dall Orto/Wikimedia]


Cultivo de células-tronco

A Universidade de São Paulo (USP) está construindo um laboratório para o cultivo de células-tronco obtidas a partir de dentes de leite.
O projeto é uma iniciativa da Faculdade de Odontologia e da universidade inglesa King's College, que já tem outras cinco parcerias com a universidade paulista para pesquisas.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Andrea Mantesso, que leciona nas duas instituições, foi detectada a existência de células-tronco na polpa dos 20 dentes de leite que cada ser humano tem.

Células-tronco de dentes de leite

Os cientistas acreditam as células-tronco de dentes de leite poderiam ser usadas para o desenvolvimento de novos dentes e até de outros tecidos, como ossos, músculos e nervos.
O processo ainda permite a obtenção de células-tronco a um custo menor e sem a necessidade de cirurgia nos doadores.
"A principal vantagem de se trabalhar com células-tronco de dentes é o acesso fácil aos tecidos", disse Mantesso, em entrevista à Agência Brasil. "No caso dos dentes de leite, pelo fato de eles caírem por si só, temos 20 oportunidades de coleta de material."

Embriões e cordões umbilicais

Hoje as células-tronco são coletadas em embriões e cordões umbilicais de recém-nascidos e depois armazenadas em laboratórios, ou então retiradas da medula óssea de pacientes que pretendem usá-las em tratamentos de saúde.
A professora afirmou também que pesquisas para uso das células na produção de novos dentes ainda estão em estágio inicial. Já para a produção de novos tecidos, estão mais avançadas. Mesmo assim, é impossível dizer quando a técnica será aplicada em pacientes. "Seria um chute no escuro", disse ela.
O novo centro de pesquisas da Faculdade de Odontologia da USP deve ser inaugurado no ano que vem.


Dentistas vão trocar motorzinho por jato de ar

Medo do dentista???


Que tal trocar o som do motorzinho do dentista por um leve sopro de ar dentro da boca? Isto é o que faz um novo aparelho criado por um pesquisador brasileiro.
[Imagem: Izio Mazur]

Praticamente dez entre dez pessoas têm medo de ir ao dentista.
Isto ocorre porque, nos últimos 50 anos, a remoção de cáries, doença que afeta mais de 95% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, tem sido realizada por meio de brocas rotativas que causam dor, estresse por ruído, tensão e lesões na gengiva.
Além disso, o uso de agulhas para aplicação de anestesia também é motivo de pavor para muitas pessoas. Em consequência disso, muitos pacientes literalmente fogem do dentista, prejudicando a própria saúde com doenças bucais que vão de uma simples dor de dente até mesmo tumores malignos e outros problemas dentais.
Em busca de uma forma de solucionar esses problemas, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) desenvolveram, o único sistema produzido no País - e em toda a América Latina - para a remoção de cáries e tártaro, que dispensa o uso de brocas e de anestesia, sem o irritante barulho do motor das brocas dentárias, praticamente sem dor e sem incômodos para os pacientes.

Cortina de água

Entretanto, o aparelho ainda apresentava um pequeno incômodo estético para os dentistas: o excesso de poeira liberado em função da remoção das cáries e do tártaro.
Agora, com auxílio da FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), o problema se tornará quase imperceptível.
"Graças ao apoio da Fundação, foi criado um novo protótipo do aparelho, com um sistema de cortina de água capaz de diminuir em 95% a poeira liberada, sem perda da eficiência", explica o idealizador do aparelho e cirurgião-dentista Izio Mazur.
Ele complementa que, até o final de 2010, o modelo definitivo deverá estar pronto para ser comercializado no mercado nacional e até mesmo internacional. A empresa criada para isso, a Superdont, já iniciou os preparativos para certificação internacional, como a normatização ISO 13485, CE e para o FDA, o que dará condições de superar as barreiras técnicas impostas pelos países de Primeiro Mundo. "Agora estamos em busca de fundos de investidores que queiram somar esforços para dividir os lucros futuros", complementa.

Odontologia mais acessível

Para Izio Mazur, as faculdades de Odontologia precisam dar mais valor às técnicas desenvolvidas no País.
Ao verificar que os dentistas em geral ficam muito fechados em seus consultórios e trocam pouca informação, Mazur resolveu criar a Superdont há onze anos e logo depois, o sistema de microabrasão.
Seu objetivo é tornar a odontologia mais acessível e acabar com seus três problemas principais: o alto custo dos materiais, a complexidade dos procedimentos clínicos e a dor que muitos desses procedimentos trazem. "Esses três aspectos têm afastado os pacientes dos consultórios, resultando em índices avassaladores de doenças bucais", destaca.

Microabrasão

No caso das brocas, comumente usadas nos consultórios dentários, é comum entre os pacientes a torcida para que o dentista tenha mão leve.
Já o sistema de microabrasão desenvolvido pela Superdont elimina esse problema, usando um jato de ar que sopra micropartículas de óxido de alumínio - substância abrasiva - com precisão milimétrica, exatamente no ponto onde está a cárie, destruindo o tecido cariado em poucos segundos.
Assim, a força sobre o dente é feita pela regulagem da pressão ajustada na máquina, e não mais pela mão do dentista, como ocorre com as brocas. "Ou seja, com o nosso aparelho, o paciente não precisa mais contar com a sorte, pois todos os dentistas passarão a ter mão leve", comenta o entusiasmado inventor do produto.
Entretanto, ele destaca que embora o aparelho seja capaz de perfurar um dente inteiro e até ossos, trata-se de uma tecnologia totalmente segura, que não requer um treinamento complexo. "O paciente pode ficar tranquilo, pois a sensação é de um leve vento soprando em sua boca", diz.

Equipamento nacional de microabrasão

Comum na maior parte dos consultórios dos Estados Unidos e Europa, o sistema de microabrasão a ar até o momento só existe no Brasil na versão importada e, portanto, com altos custos e inacessível à maioria dos dentistas.
"Enquanto o sistema importado custa em torno de R$ 20 mil, nosso aparelho, com a mesma qualidade, deverá custar cinco vezes menos", afirma Mazur. E prossegue: "As brocas de alta rotação usadas pelos dentistas se desgastam com relativa facilidade e, dependendo da marca e procedência, representam um custo significativo para os profissionais."
Sendo assim, o novo sistema ainda proporciona uma enorme economia, pois dificilmente necessita de manutenção e o consumo de material abrasivo por paciente é baixo. Além disso, também permite maior rapidez no trabalho, já que enquanto algumas remoções de cáries e tártaro pelo método tradicional costumam demorar muito tempo, com o novo equipamento elas podem ser feitas em apenas poucos segundos.





 

O prof. titular da Universidade Federal do Paraná, Luciano Loureiro de Melo, explica os procedimentos corretos quando se cai e bate um dente.

Segundo o especialista, o número de horas entre o momento do trauma e o atendimento feito pelo dentista é de extrema importância para o tratamento da lesão. Quanto mais tempo o paciente levar para procurar um profissional, mais demorada e trabalhosa será sua recuperação.
Após a queda ou a batida, inicia-se um processo de reabsorção do dente, pois o organismo age como se esse fosse um elemento estranho ao corpo. Dependendo do traumatismo, que pode ter até quatro diferentes intensidades, esse processo é muito mais rápido e se nenhuma conduta for feita, o paciente corre o risco de perder o dente.




O prof. titular da Universidade Federal do Paraná, Luciano Loureiro de Melo, explica os procedimentos corretos quando se cai e bate um dente.

Segundo o especialista, o número de horas entre o momento do trauma e o atendimento feito pelo dentista é de extrema importância para o tratamento da lesão. Quanto mais tempo o paciente levar para procurar um profissional, mais demorada e trabalhosa será sua recuperação.

Após a queda ou a batida, inicia-se um processo de reabsorção do dente, pois o organismo age como se esse fosse um elemento estranho ao corpo. Dependendo do traumatismo, que pode ter até quatro diferentes intensidades, esse processo é muito mais rápido e se nenhuma conduta for feita, o paciente corre o risco de perder o dente.